quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Desculpa...

Te olho nos olhos e você reclama...que te olho muito profundamente.
Desculpa, tudo que vivi foi muito profundamente...
Eu te ensinei quem sou...e você foi me tirando...os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse possibilidade...de me inventar de novo.
Desculpa...
Desculpa se te olho profundamente, rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...nos seus traços.
A ponto de ver a estrada...onde ficam seus passos.
Eu não vou separar minhas vitórias dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim, nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente."

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