segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O que eu quero, o impossível.

Eu quero um homem de verdade! Daqueles que não chora junto, mas que me dá um abraço de urso que eu nunca vou querer largar.
Quero um homem orgulhoso, que nunca vai dizer que me ama por nada, mas vai dizer do nada, sem que eu precise dizer antes e ele também não corresponderá todas as vezes em que eu disser.
Quero um homem que se orgulhe do quanto me ama e bata no peito, mas que vai me fazer chorar de tanto debochar de mim quando eu disser isso a ele.
Quero um babaca para os momentos em que eu estiver palhaça também e que a gente ria um do outro. Sem ter vergonha de ser quem se é. Quero alguém que me ache louca e que possa lidar com isso.
Quero um homem que banque uma mulher como eu, que em uma briga me ganhe em argumentos. Um homem pra me acompanhar e não pra mandar em mim.
Quero alguém que me descreva pra mim mesma com perfeição, que "leia" no meu "tô bem" um "tô na merda, me abraça" e que ele faça isso sem eu precisar pedir.
Quero um escroto ciumento, que não assuma os sentimentos e que brigue comigo de tanta raiva. Que ele me faça chorar nessas horas e que depois venha igual um cachorro consertar as merdas que disse.
Eu quero um puto, que me pegue de jeito, me fazendo sentir a mais gostosa na vida dele e que depois dê um beijo na minha testa, rindo do quanto eu estou extasiada, sendo que ele também está.
Um parceiro, pra toda hora. Que vai entender a minha TPM, mesmo que briguemos exatamente nesse dia e depois ele venha perguntar se eu estou mais calma.
Eu quero algo impossível: quero sentir de verdade! Quero alguém que não vai chegar com algo que eu não acredito mais: amor.

One more time.

Esse lance de não criar expectativas em cima das pessoas é algo muito complicado. Não tem como você se relacionar com alguém durante muito tempo e você não criar expectativas em cima desse relacionamento ou em cima dessa pessoa, simplesmente não tem. O fato de você saber que você deu o seu melhor, e que isso não foi o suficiente, não estanca a dor. A decisão pode até ter sido sua, aparentemente – casos assim a decisão é conjunta, mas um se anula pra que o outro tome a atitude -, mas isso não muda o fato de que você se sente mal.

Comigo as coisas nunca foram muito tranqüilas. Mas todos os relacionamentos que eu terminei, eu terminei bem, until now. Show galera. E como aqui é o meu espaço, eu me sinto inteiramente confortável em falar sobre isso. Pouco me importa quem vai ler, ou se alguém vai ler, de verdade.

A vida é assim, a minha não é pior que a de ninguém. Mas chorar pelos dedos sempre foi uma virtude minha, tem gente que as vezes se identifica até, e isso é legal.

Apesar da decisão falada ter sido minha, eu não estou bem, não, não estou. E isso não é motivo de vergonha, ou sinônimo de fraqueza, é tristeza só, decepção. Tô decepcionada sim, porque me desfiz de muita coisa que me importava, deixei alguns sonhos de lado, algumas amizades também, nesses cinco anos de caminhada. E não o culpo por isso, culpo só a mim mesma, quisera eu não ter deixado que tudo o que aconteceu, acontecesse. Dói porque o mínimo que se espera de alguém que disse que te amava, é consideração, quiçá uma preocupaçãozinha. E é isso que faz doer. A falta de consideração, a falta de preocupação. Porque eu to vendo todo o show sendo montado mais uma vez do lado de lá, e eu estou preocupada, porque sei bem aonde tudo isso chega, e não há necessidade nenhuma disso.

Quisera eu ter sido mais tranqüila, porque paciente eu fui até demais, ao limite estendido. Me faltou bom senso também, dosar as palavras é sempre bom, palavras machucam, e eu sei bem disso. Mas eu tava de cabeça quente, e isso deve ser levado em consideração.

Eu não estou arrependida, de forma alguma. Acho que era isso, ou coisa pior. Mas não to bem, anyway. Porque por pior que seja, eu mesma não to fazendo o que eu disse que faria, mas você está. E é isso que dói. Não dá pra apagar o que aconteceu, não nos últimos dias, nem nos últimos anos, nós fizemos sim parte um da vida do outro, e forçar pra que pareça diferente não vai fazer parecer diferente.

Quando me perguntam o motivo eu respondo sempre a mesma coisa “Quando as coisas não estão dando certo, qualquer coisa é motivo.” E foi assim, com a cabeça no travesseiro, eu pensei bastante e vi que o que aconteceu foi ridículo, mas eu já estava tão magoada com todo o resto, que aquilo somou e fez o meu copo transbordar de forma que aquela besteira se transformou na pior coisa do mundo. Entendam que não estou dizendo que estou errada, só estou dizendo que quando as coisas não estão indo bem, qualquer coisa é motivo, e foi assim de fato.

Foram anos aceitando piadinhas, ouvindo comentários desnecessários, foi ser xingada por gente que eu mal conhecia. Aturei taaanta coisa, que uma mosca pousar no meu prato de sopa era motivo pra eu fazer aloka. E bem, não foi diferente disso.

Eu tenho tantos defeitos que eu mal consigo entender como duramos esse tempo todo. Na verdade mal consigo entender como as pessoas me aturam. É por esse motivo que eu não te culpo por tudo.  Eu te culpo sim, por muita coisa, mas assumo a minha parcela também, afinal de contas, eu deixei que tudo acontecesse, então shame on me.


Talvez eu tenha te conhecido, e por isso estou achando um papel feio esse que você ta fazendo, e nem vou entrar nessa onda. Talvez eu tenha me enganado, e não o conheci, e esse cara que surgiu a dois dias seja o cara que você sempre foi e eu nunca enxerguei. Coisas que só o tempo vai dizer, não é?


Pronto, falei o que eu tava precisando ;)